
Não foi sem uma boa dose de drama que o Benfica regressou por fim às vitórias, depois de quatro jogos conescutivos sem ganhar que deixavam Rui Vitória a jogar o seu futuro nesta deslocação a Tondela.
A pior fase do treinador desde que chegou à Luz no verão de 2015 ficou ainda mais negra no primeiro lance da partida. Antes de o ponteiro dos segundos dar uma volta completa ao relógio já o Benfica se via a perder em Tondela, graças a um golo repartido entre o central argentino Conti e o avançado da casa António Xavier, que acorreram ao cruzamento de Murillo desde a direita.
No regresso ao eixo da defesa, no seu primeiro jogo como titular na Liga – onde só jogara 76 minutos em Chaves, à 6.ª jornada, entrando para substituir o lesionado Jardel e acabando expulso perto do fim – German Conti voltou a ser infeliz e agravou o cenário para um Benfica que continua a expor grande vulnerabilidade defensiva (quinto jogo consecutivo a sofrer golos, em todas as provas).
Não foi sem uma boa dose de drama que o Benfica regressou por fim às vitórias, depois de quatro jogos conescutivos sem ganhar que deixavam Rui Vitória a jogar o seu futuro nesta deslocação a Tondela.
A pior fase do treinador desde que chegou à Luz no verão de 2015 ficou ainda mais negra no primeiro lance da partida. Antes de o ponteiro dos segundos dar uma volta completa ao relógio já o Benfica se via a perder em Tondela, graças a um golo repartido entre o central argentino Conti e o avançado da casa António Xavier, que acorreram ao cruzamento de Murillo desde a direita.
No regresso ao eixo da defesa, no seu primeiro jogo como titular na Liga – onde só jogara 76 minutos em Chaves, à 6.ª jornada, entrando para substituir o lesionado Jardel e acabando expulso perto do fim – German Conti voltou a ser infeliz e agravou o cenário para um Benfica que continua a expor grande vulnerabilidade defensiva (quinto jogo consecutivo a sofrer golos, em todas as provas).
Com Pizzi de regresso ao onze inicial, no meio-campo, depois de ter sido relegado para o banco no jogo europeu com o Ajax a meio da semana, e com Rafa Silva no lugar do lesionado Salvio, o Benfica voltava a mostrar as dificuldades que se lhe conhecem na construção, mas, com o sentido de urgência a aumentar de forma alarmante, apareceu Jonas a resgatar a equipa (e sobretudo o seu técnico) ainda antes dos dez minutos.
O brasileiro, que voltara à titularidade na semana passada, continua a ser um fator diferenciador no Benfica e na liga portuguesa e empatou aos nove minutos num belo gesto de cabeça, a antecipar-se a Ricardo Costa e a dar a melhor sequência a um cruzamento de André Almeida.
Em altura de crise de jogo, ter Jonas a recuperar a forma só pode ser um sinal de alívio para Rui Vitória. Mas este Benfica continua a mostrar muitos sinais contraditórios, longe de poder tranquilizar os adeptos.
Em Tondela, mesmo depois do empate, a equipa encarnada voltou a passar por alguns calafrios defensivos e poderia mesmo ter voltado a sofrer num par de ocasiões, como aquela em que Conti se redimiu do autogolo e salvou sobre a linha uma bola picada por Murillo sobre Vlachodimos, aos 37 minutos. Chega a ser impressionante a facilidade com que os adversários conseguem expor a falta de eficácia dos processos defensivos do Benfica.
Pelo meio, a equipa de Rui Vitória ia tentando explorar a profundidade de Rafa Silva. Sobretudo a partir de lançamentos longos do brasileiro Gabriel, a quem cabia a distribuição de jogo a meio-campo. Outras vezes, através de triangulações por cada uma das alas, com Pizzi a descair muitas vezes para a direita, onde André Almeida se mostrava muito ativo nas subidas.
Rafa ainda acertou no poste uma vez (28′) e desperdiçou um outro lance isolado (32′) na primeira parte, mas o intervalo chegou com o empate e a sensação de que o Benfica teria de fazer bastante mais na segunda metade.
A equipa de Rui Vitória regressou dos balneários mais pressionante, a tentar recuperar bolas mais à frente no terreno, quando de repente viu a tarefa facilitada com a expulsão de David Bruno. O lateral do Tondela viu dois amarelos em cinco minutos e deixou a sua equipa a jogar com dez para os últimos 35 minutos.
Fragilidades defensivas
Em superioridade, o treinador encarnado lançou Seferovic para reforçar a presença na área, mas ainda viu o Tondela ameaçar o golo, por António Xavier (valeu Vlachodimos), antes de o avançado suíço justificar a escolha e completar a reviravolta do Benfica, cinco minutos depois de entrar em campo, mais uma vez com assistência de André Almeida.
Mesmo a ganhar e a jogar com mais um elemento, o Benfica voltou a conceder oportunidades ao adversário. António Xavier voltou a ter o golo nos pés, quando apareceu isolado em frente a Vlachodimos, num contra-ataque rápido dos da casa que apanhou a defensiva encarnada mais uma vez descompensada, mas o remate saiu a milímetros do poste.
Até que Rafa Silva sentenciou de vez a partida com o terceiro golo do Benfica, a finalizar uma boa jogada coletiva que envolveu Gabriel, Grimaldo, Jonas e Pizzi, com este a assistir de calcanhar o extremo.
A partir daí estava assegurado o regresso do Benfica às vitórias, depois de duas derrotas consecutivas no campeonato e uma série de quatro jogos sem ganhar em todas as competições. O Tondela ainda ficou reduzido a nove, com mais uma expulsão (entrada violenta de Ícaro sobre Rafa), e Rui Vitória pôde enfim suspirar de alívio pelo fim da sua pior série no Benfica.
A equipa, no entanto, continua longe de parecer segura ou sequer formosa. Poemas, só de sofrimento.
Ficha de jogo
Jogo no Estádio João Cardoso, em Tondela.
Tondela – Benfica, 1-3.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores:
1-0, Conti, 01 minuto.
1-1, Jonas, 09.
1-2, Seferovic, 64.
1-3, Rafa, 75.
Equipas:
– Tondela: Cláudio Ramos, David Bruno, Ícaro, Ricardo Costa, Joãozinho, Xavier (João Reis, 86), Hélder Tavares, Bruno Monteiro, John Murillo (Delgado, 69), Sergio Peña (Jorge Fernandes, 57) e Tomané.
(Suplentes: Pedro Silva, João Reis, Jorge Fernandes, João Mendes, Jaquité, Patrick e Delgado).
Treinador: Pepa.
– Benfica: Odysseas, André Almeida, Conti, Rúben Dias, Grimaldo, Fejsa (Samaris, 85), Gabriel, Pizzi (Zivkovic, 76), Cervi (Seferovic, 59), Jonas e Rafa.
(Suplentes: Svilar, Samaris, Félix, Gedson, Krovinovic, Zivkovic e Seferovic).
Treinador: Rui Vitória.
Árbitro: João Pinheiro (AF Braga).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Rafa (17), Cervi (22), Xavier (23) Tomané (38), David Bruno (51 e 54)Vermelho por acumulação), Fejsa (62). Cartão vermelho por acumulação para David Bruno (54). Cartão vermelho direto para Ícaro (84).
Assistência: 4.755 espetadores.
André Almeida. Lateral e capitão encarnado fez as assistências para os dois primeiros golos do Benfica e conseguiu sempre dar profundidade ao jogo da sua equipa pelo lado direito, entendendo-se bem com Pizzi e Rafa Silva. A defender também não foi pelo seu lado que o Tondela criou mais perigo, conseguindo ser muito mais eficaz do que o colega do outro lado, Grimaldo.
O Benfica volta às vitórias com um triunfo por 3-1 em Tondela, num jogo que até começou da pior forma para a equipa de Rui Vitória, com um autogolo de Conti no primeiro minuto. Jonas, aos 9′, Seferovic, aos 64′, e Rafa, aos 75′, concretizaram a reviravolta do Benfica contra um Tondela que terminou com apenas nove jogadores, por expulsões de David Bruno e Ícaro
Cláudio Ramos evita que a bola chegue a Sefeerovic para o 1-4, agarrando em voo a bola cruzada por Rafa Entra João Reis, sai António Xavier
Benfica
Troca de médios defensivos no Benfica
Defesa do Tondela ceifou Rafa de forma violenta e foi expulso. Equipa da casa fica a jogar com nov
Benfica
Sai Pizzi e entra Zivkovic
Médio português sai depois de ter feito a assistência para o terceiro golo
Rafa faz o terceiro e dá alguma tranquilidade aos encarnados. A ganhar por dois e com um jogador a mais, o Benfica parece ter a vitória no bolso. (Diário de Notícias)